22 modelos de negócios, quando e como tirar a ideia do papel

Explore os tipos de modelos de negócios, aprofunde-se para saber qual escolher e entenda os aspectos mais importantes de um bom business model. Tudo aqui.

Por AlexAnton 24 de Abril de 2025 - Atualizado em 24 de Abril de 2025 9 min. de leitura
Ilustração sobre como escolher o modelo de negócio, mostrando um homem analisando gráficos e dados, com elementos visuais de negócios.

Toda empresa nasce de uma ideia, mas ter uma boa ideia, por si só, não garante sucesso ou rentabilidade. Você precisa de um modelo de negócio bem estruturado se quiser transformar inspiração em realidade, seja esse modelo tradicional ou inovador, digital ou físico, B2B ou B2C etc.

Refletir sobre como sua empresa vai funcionar e, principalmente, como vai gerar dinheiro, será seu primeiro passo rumo a um futuro promissor. Comece lendo este artigo.

A ideia do conteúdo que vem a seguir é lhe explicar, de forma simples e objetiva, tudo o que você precisa para agir.

Explicação rápida do conceito de “modelo de negócio”

A maneira como uma empresa organiza recursos, canais e fontes de receita para se tornar lucrativa, criando e entregando seus produtos ou serviços e recebendo dinheiro por eles, fica traduzida a partir do seu modelo de negócio.

“Um modelo de negócio é como um plano de jogo, que explica quem é o cliente de uma organização, qual problema ela resolve e por que alguém pagaria pelo que ela entrega; é o que conecta propósito, operação e caixa”
Alex Anton

Para definir o seu, entenda o público-alvo, analise recursos e habilidades à sua disposição, faça uma ampla pesquisa de mercado e trace a sua proposta de valor. Então, coloque-o em teste, ajustando (rapidamente) o que for necessário e trabalhando a escalabilidade.

Tudo começa numa ideia, sem dúvidas, mas daí a se manter firme no mercado, tem chão!

22 tipos de modelos de negócios que dominam o mercado

Ainda relevantes e muito adotados, os modelos B2C e B2B, de vendas por assinatura, de franchising etc. fazem parte do rol de clássicos. Estruturas pay-per-use, de membership e outras são mais modernas e têm ganhado destaque em alguns setores.

Aqui está uma lista de alternativas para você conferir!

1. B2B (Business to Business)

Empresas que vendem para outras empresas estão no mercado B2B, como o nome já diz. O foco não fica no consumidor final, mas em soluções corporativas, então, as negociações podem ser mais complexas.

2. B2C (Business to Consumer)

Oposto ao B2B, o B2C é a venda de empresas para, justamente, pessoas físicas. Se ele acontece absolutamente sem intermediários, tem quem o chame de “D2C” (Direct to Consumer)!

Nesse modelo, tudo é mais pessoal e direto, a compreensão do público-alvo é fundamental e a diferenciação da concorrência é um desafio.

3. Vendas por Assinatura

O cliente paga com recorrência para receber um tipo de produto ou usufruir de um serviço e a empresa ganha a partir dessas assinaturas, como acontece com os streamings mundo a fora ou a famosa academia do bairro.

4. Membership

Uma evolução das vendas por assinatura, o modelo de membership é voltado para uma comunidade exclusiva; é a venda para um grupo fechado que, geralmente, acaba virando uma rede de contatos e interações.

Sabe aquela história de “sou membro exclusivo disso.”? Esse sentimento de pertencimento gera valor.

5. O2O (Online to Offline)

Modelo de negócios que combina o digital e o offline, o O2O engloba empresas que trabalham focadas em incentivar seus clientes a realizarem ações online para, depois, usufruírem fisicamente de um produto ou serviço.

Algumas organizações o adotam somado a algum outro modelo, como pode acontecer com várias outras opções desta lista.

6. E-commerce

A venda online de produtos ou serviços também é caracterizada como um modelo de negócio. Se essa venda acontece em um site da própria empresa, esse modelo recebe o nome de e-commerce.

7. Dropshipping

Também digital, mas com grandes diferenças em relação ao e-commerce, o modelo de dropshipping existe quando a loja que vende seus produtos na internet não mantém um estoque, optando por repassar cada encomenda diretamente a um fornecedor.

8. Marketplace

O marketplace, por sua vez, resume-se à venda de produtos através de plataformas digitais que englobam várias marcas. Quem detém um negócio desses, fica responsável por intermediar a negociação entre compradores e vendedores, ganhando comissões a cada venda.

9. P2P (Peer to Peer)

Similar ao marketplace, um modelo de negócio P2P é aquele que permite que as pessoas compartilhem, troquem ou vendam produtos ou serviços diretamente umas com as outras. Atualmente, esse modelo é comumente visto online, a exemplo do Airbnb.

10. Franquia

O bom e velho franchising pode ser explicado como um modelo em que o empreendedor adquire o direito de replicar um negócio já consolidado, desde que siga padrões definidos pela marca em questão.

11. Serviços personalizados

É a oferta de serviços sob medida, realizados por profissionais experientes, como consultores, mentores e freelancers.

Valoriza entrega individualizada e o atendimento de demandas específicas e entra nesta lista para mostrar que até microempreendedores precisam de direção clara e estratégia definida desde o dia um.

12. SaaS (Software como serviço)

A assinatura de plataformas para diferentes fins entra no escopo do modelo de negócios “SaaS”, que substituiu, por exemplo, a compra de CDs por quem queria instalar alguma coisa no computador.

Empresas Saas não deixam de atuar por assinatura: novamente, é possível aliar mais de uma proposta.

13. PaaS (Plataformas como serviço)

Um formato mais moderno, o PaaS é usado para designar espaços cedidos por algumas empresas a outras empresas para que elas desenvolvam seus próprios produtos ou serviços.

14. XaaS (Tudo como serviço)

E, finalmente, o modelo “XaaS” amplia o conceito do SaaS para praticamente qualquer setor – até o de veículos –, afinal, hoje quase tudo pode ser oferecido como serviço. Sua ascensão reflete uma mudança no comportamento do consumidor, que valoriza cada vez mais o acesso do que a posse.

15. Service as a Software

Um trocadilho com o SaaS e uma evolução tecnológica que está apenas começando, o Service as a Software prova que, com inteligência artificial, é possível substituir um serviço, antes tipicamente feito por um humano, por um software, como o trabalho de um contador por um agente de IA que entrega os mesmos resultados de forma muita mais barata e dinâmica. 

16. Negócios de impacto socioambiental

O nome diz tudo: empresas com o propósito de solucionar problemas sociais e/ou ambientais adotam um modelo de negócio condizente a isso. A missão é o centro do negócio, nunca fica em segundo plano.

17. Outsourcing

Popularmente conhecido como “terceirização”, o outsourcing existe quando uma empresa contrata outra para cuidar de uma função específica, optando por não tomar decisões ou atitudes internamente.

18. Crowdsourcing

No modelo de crowdsourcing, de colaboração coletiva, uma empresa utiliza a colaboração de um grande número de pessoas para alcançar seus objetivos (desenvolver ideias, fazer pesquisas, criar produtos etc.). Não o confunda com a cocriação.

19. Economia colaborativa (Cocriação)

Neste modelo, o cliente participa ativamente da criação do produto ou serviço que comprou, seja para ajudar no aprimoramento dos mesmos ou porque está em busca de uma experiência específica.

20. Pay-per-use (Pague pelo uso)

No pay-per-use, o cliente paga apenas pelo que consumir do serviço oferecido, em vez de assumir uma assinatura fixa. O modelo permite atrair públicos que evitam compromissos de longo prazo ao mesmo tempo em que oferece dados valiosos sobre padrões de consumo.

21. Freemium

Meio “free”, meio “premium”, esse tipo de assinatura também é considerado um modelo de negócios por muita gente e comum no caso dos aplicativos de computador e celular e outras plataformas digitais.

Nele, a empresa oferece acesso grátis a uma versão básica do produto ou serviço, mas propõe ao usuário que pague para usar recursos mais avançados.

22. Licensing (Licenciamento)

Mais um modelo que vem ganhando novos formatos com o passar dos anos – e o último da lista! –, o licenciamento considera empresas que criam uma marca, uma tecnologia ou similar e cedem o uso de suas criações a terceiros.

“E as startups, não são um modelo de negócio?”

Startups dialogam com vários dos modelos de negócios existentes atualmente, mesmo os mais clássicos, mas estão mais para uma forma de estruturação corporativa. Independentemente de como elas atuam, sempre terão foco em inovação, escalabilidade e validação de soluções ainda em construção.

Qual modelo de negócio dá mais lucro?

A lucratividade sempre depende do contexto (público, localização, formato etc.), só que algumas alternativas estão ganhando destaque no mercado hoje em dia, principalmente as que são escaláveis e/ou têm receita recorrente.

Podem significar um lucro maior modelos que permitem:

  • Gastar pouco para criar e comercializar um produto ou serviço
  • Conseguir previsibilidade de receita
  • Criar e replicar padrões
  • Evitar grandes investimentos em estoque
  • Oferecer coisas que a concorrência realmente não oferece

Estruturando o seu, vai ser mais fácil enxergar o caminho, principalmente se você contar com um Business Model Canvas, como o da imagem adiante, e com a consultoria de um especialista em inovação e resultados.

Imagem do Business Model Canvas, um modelo estratégico que ajuda empresas a estruturar seus planos de negócios através de nove blocos essenciais.

Primeiro colocada no papel, depois no mundo: é assim que deve ser com a sua ideia. Faça-a nascer com coerência e assertividade, mas não espere que esteja perfeita. A grandeza começa nos rascunhos.

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